sábado, 7 de novembro de 2009

Descobrindo "arteiros"



Sempre tive interesse em Arte, talvez porque, ainda criança deduzi, que a nossa semelhança com Deus é o poder imaginar coisas, criá-las e transformá-las. Daí minha admiração por todo aquele que cria e não apenas por aqueles que se destacam na mídia ou que se notabilizaram no passado.

Menina ficava horas admirando, a arte de contar histórias dos mais velhos (não tinha televisão e muito menos internet) e quando meu tio Pedro aparecia lá em casa, confesso o atormentava fazendo perguntas: de como ele fazia para tingir os santos ou misturar as tintas para pintar nossa casa. E ainda havia aqueles talhadores que tiravam da madeira rostos, paisagens onde sempre havia mar e jangadas. Minha vó fazia verdadeiros enredos, na renda de bilros. E ainda havia a música que em nossa casa era obrigatório não que fossemos exímios nesta arte, mas gostávamos de ouvi-la. E já moiçola, os amigos tinham sempre um dom especial como se fosse um pré- requisito. Por tudo isso, eu e Laura também arteira de nascença, resolvemos mostrar um pouco deste mundo para as crianças. Fiquei com a parte teórica enquanto ela intuitiva, de cara nos trouxe o mundo de Joan Miró.

Não fizemos nada de especial: primeiro as fizemos descobrir os diversos caminhos da arte e só depois apresentamos alguns trabalhos do pintor inclusive um pouco de sua biografia, que foi lido, por uma delas. E finalmente pedimos que elas reproduzissem alguma coisa que lhes chamasse atenção.

O nosso espanto foi imenso além de todo o interesse que demonstraram elas reproduziram sem grandes recursos, belos trabalhos.

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