domingo, 13 de dezembro de 2009

Talentos de Natal






































Tem pessoas que possuem o natal dentro de si, como um grande talento, que não dá pra esconder. E isto independe de sexo, de condição social ou física. Nascem para ajudar outros a encontrar a felicidade, nem que essa felicidade seja por alguns minutos, na esperança de dias melhores.

É ai, que muitos com tal talento, tentam alegrar os que estão tristes, se unir àqueles que estão sozinhos e até despertar, nos mais jovens, o espírito do Natal.

E num simples gesto como o de fazer uma árvore de folhas de revista enfeitando-a com tinta e laços de fitas, conseguem colorir vidas cinzentas, trazendo um sorriso no rosto de quem não tem família, nem motivos para celebrar o natal, e até alegrar ainda mais, aqueles que a vida beneficiou...

Lembrando a todos que o Natal é apenas por em prática aquilo que Cristo nos ensinou: Dar muito, muito Amor, em todos os dias do ano.

Parabéns Laura, irmã Edith, irmã Anna, irmã Ângela, Irmãs e todas as voluntárias, e pessoas que nos ajudam anonimamente, mas estão presentes em cada evento com doações e presentes, as professoras Miriam, Ana e Margareth, (e desculpem aquelas que não citei pelos nomes) pela lição de Amor e pela oportunidade de atuar junto a vocês.

Feliz Natal!

domingo, 6 de dezembro de 2009

Esperando o Natal







O natal é uma festa mágica e por mais que nos distanciamos dela, em algum momento, o espírito natalino nos penetra, e ai é aquela maravilha, principalmente quando temos crianças ao redor.

Aqui estamos nós completamente entregues, a preparação da festa tão esperada; o nascimento de Jesus.



É só reparar nos rostos sérios e compenetrados das crianças confeccionando peças para enfeitar este dia onde o Amor parece se infiltrar de mansinho em nossos corações... E só queremos Paz e Alegria num único desejo:











F E L I Z N A T A L

sábado, 7 de novembro de 2009

Descobrindo "arteiros"



Sempre tive interesse em Arte, talvez porque, ainda criança deduzi, que a nossa semelhança com Deus é o poder imaginar coisas, criá-las e transformá-las. Daí minha admiração por todo aquele que cria e não apenas por aqueles que se destacam na mídia ou que se notabilizaram no passado.

Menina ficava horas admirando, a arte de contar histórias dos mais velhos (não tinha televisão e muito menos internet) e quando meu tio Pedro aparecia lá em casa, confesso o atormentava fazendo perguntas: de como ele fazia para tingir os santos ou misturar as tintas para pintar nossa casa. E ainda havia aqueles talhadores que tiravam da madeira rostos, paisagens onde sempre havia mar e jangadas. Minha vó fazia verdadeiros enredos, na renda de bilros. E ainda havia a música que em nossa casa era obrigatório não que fossemos exímios nesta arte, mas gostávamos de ouvi-la. E já moiçola, os amigos tinham sempre um dom especial como se fosse um pré- requisito. Por tudo isso, eu e Laura também arteira de nascença, resolvemos mostrar um pouco deste mundo para as crianças. Fiquei com a parte teórica enquanto ela intuitiva, de cara nos trouxe o mundo de Joan Miró.

Não fizemos nada de especial: primeiro as fizemos descobrir os diversos caminhos da arte e só depois apresentamos alguns trabalhos do pintor inclusive um pouco de sua biografia, que foi lido, por uma delas. E finalmente pedimos que elas reproduzissem alguma coisa que lhes chamasse atenção.

O nosso espanto foi imenso além de todo o interesse que demonstraram elas reproduziram sem grandes recursos, belos trabalhos.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Dia da Criança, Dia de Festa!











É bem verdade que o dia 12 seria o dia correto, mas desde o dia 27 elas recebiam presentes e se lambuzavam de doces e um presente a mais ou a menos não faria diferença, pensamos. Então resolvemos fazer uma surpresa, em vez de aula iríamos fazer brincadeiras. Ai foi uma correria só, não somos recreadoras e tivemos buscar nos arquivos da memória, jogos infantis, brincadeiras e cantigas. E o encantamento foi o de nos descobrir outra vez criança. Depois foi a vez dos gastos; aproveitamos para por em prática o que estamos aprendendo no Curso de Gerenciamento de Projeto no Terceiro Setor e até que nos saímos bem, foi bem mais fácil calcular o tempo que levaríamos em cada brincadeira, o custo dos materiais, que teríamos que comprar e prever os riscos.

A professora Marcela ficaria orgulhosa, de suas discípulas... rsrsrs.

Aí chegou a hora das correrias pelo Mercadão de Madureira, em busca de presentinhos que coubessem no nosso bolso, pois ainda precisávamos comprar pelo menos duas tortas de chocolate (festa de criança tem que ter) e refrigerantes, as Irmãs, dariam o cachorro quente. A festa foi um sucesso! E o cansaço não foi maior que a enorme alegria de ver um sorriso em cada rostinho, de quase cinqüenta crianças.

Dia 14 de outubro, A festa de nossas crianças!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Trabalhando com as Mães



É interessante notar que crianças são multiplicadores naturais.

Há alguns meses estamos atuando como voluntárias em um educandário, na periferia da cidade, onde existem crianças internas esperando adoção ou reintegração em suas próprias famílias. Outras vivem com os pais, mas freqüentam o educandário nos horários que não estão na escola como forma de prevenção a marginalidade. Desenvolvemos trabalhos de arte e artesanato através do reuso de materiais descartados, em de oficinas, onde aproveitamos para dar noções de arte, ecologia, cidadania e sustentabilidade.

E fomos surpreendidas pelo pedido feito pelas crianças para ensinar as suas mães, pois entenderam que as mesmas poderiam trabalhar em casa, ajudando o pai no orçamento doméstico ou como fonte de renda para aquelas que estão desempregadas e não tem como prover o sustento da família, pois são mães solteiras. É claro que topamos de imediato e ai estão os seus primeiros trabalhos.

Esperamos no futuro quem sabe, criar uma cooperativa, onde estas mães poderão comercializar os seus trabalhos podendo assim viver de forma digna.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Agora é a vez do "papel maché"









O fascínio que sinto pelo papel me envolve cada vez mais... As múltiplas possibilidades de utilizá-lo, me encanta. É quase uma compulsão transformá-lo e esta relação chega a ser sagrada.
No momento o desafio é o papel maché... Passo horas triturando restos de fibras, aparas de papel, folhas, flores e corantes.
Massa pronta é a vez de criar a forma que quase sempre, nasce sozinha, em minhas mãos.
Agora é a vez de esperar a secagem, observando as mudanças sutis que se opera na peça, cuidando para que o excesso de calor não a queime, ou a friagem, a deixe com fungos.
São oito dias de suspense, de toques prazerosos de aprimoramento, até finalmente poder dar asas a imaginação e pintá-la nas cores, que o coração, ordena.
Esse processo alquímico é compensado, ao perceber a surpresa, nos olhos das pessoas, quando descobrem, o mundo de coisas, que pode ser feito com o papel...

terça-feira, 23 de junho de 2009

terça-feira, 9 de junho de 2009

Ki, pequeno gesto...






Num momento em que todos se preocupam com o planeta, o “Surpresas de Papel” não poderia ser exceção...
E através de conversas vamos trocando idéias; algumas vezes ensinando, na maior parte aprendendo. Inventando artes e artimanhas para emplacar num mundo melhor.
Descobrimos que duas idades são as mais conscientes, a que está chegando e outra que sabe ter pouco tempo por aqui e que por isso tem pressa de deixar a “casa” em ordem. Não, que estas pessoas estejam na mídia, filiadas a partidos políticos ou a ONGS
Internacionais... São pessoas simples e sensíveis, que entenderam que todos somos responsáveis pelo aquecimento global, pela poluição dos rios e por todas as catástrofes que minou vidas e destruiu cidades, que não adianta ficarmos discutindo de quem é a culpa. Mas, que um pequeno gesto, como o de aproveitar o descartável, faz toda diferença para a Natureza.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Papel e Arte


















Não sei de onde vem o meu amor pelo papel. Talvez do mistério que acreditava sair dos desenhos das letras, que dançavam, sob meus olhos, ou do cheiro algo adocicado dos livros antigos. Na minha cabecinha de criança o papel podia tudo e tudo significava bailar pelo céu obedecendo apenas ao vento e a agilidade das mãos de um menino. A transformar-se em barquinho nos dias de chuva, que velozmente naufragava pela rua. O papel também dava direito a andar de trem com o meu avô que entregava em minhas mãos pequenas, o bilhete que deveria dar ao cobrador. Ou até assistir a matine nas manhãs de domingo. No papel também fiz meus primeiros desenhos e escrevi minhas primeiras estórias e num pequeno pedaço de papel recebi minha primeira declaração de amor. E ainda num papel, agora um pouco maior, a carta que terminava o amor, que julgara eterno...
E hoje adulta, é o papel que ainda me encanta, quando o transformo em flores, em caixas, (...) mas o que me faz mais feliz é ver nos olhos das crianças o mesmo olhar de sonho que um dia exibi, nos meus.

domingo, 22 de março de 2009

Surpresas em Caixa e Cestaria










Cursos e encomendas:

http://www.surpresasdepapel@gmail.com/

Caixinhas de "surpresas"







Quando vejo uma caixa penso logo em coisas misteriosas, em segredos escondidos... Em cartas amareladas pelo tempo, numa rosa guardada após momentos de felicidades,ou uma foto de um tempo que virou lembranças...
Numa caixa posso guardar tudo; pedaços de fantasias, restos de amor desfeito, saudades, sonhos.
Consigo também ser prática e organizar coisas, com estilo e beleza.
Uma caixa é isso tudo e muito mais que você possa imaginar e podemos confeccioná-la usando materiais descartáveis; como jornais, revistas e papelão. Para isso só preciso de tinta, cola, pincéis e criatividade.

quinta-feira, 12 de março de 2009

O tempo não para.



Véspera de férias, cheia de gás, pronta pra voar, eis que um tombo sem motivo, literalmente me imobiliza...
Lá se foi os planos de correrias pelos shoppings, em busca de presentes de natal, e o pior, um final de ano com direito a mar e amar entre luzes néon.
Para fugir do tédio voltei a velhos projetos, tais como, desenhar, pintar... adaptando-me qual uma nova Frida Kahlo; tentando fazer “artes” presa a uma cama, numa temperatura de quarenta graus, perna pesada pelo gesso, desafiando a gravidade.
Busquei alternativas, nos anais da memória e me vi como as antigas avós, fazendo fuxico, flores de papel e até palhaços...
Agora, ainda um tanto capenga, vou tirando do baú das experiências, coisas, idéias e um projeto tantas vezes adiado: dar aulas de reciclagem, para crianças e adultos. E principalmente mostrar que se tivermos garra, o tempo não para, quando temos uma mente pronta para driblar as fatalidades da vida.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Origami com jornal





Terminado o primeiro módulo do Curso de Origami, vem o desejo de descobrir mais.
Dobrar, fazer curvas, saltar para frente, para trás, andar em linha reta ou voar para o inesperado, entrar no lúdico, buscar no sonho, o infinito... Mas, pés no chão em relação a nossa realidade, ousei fazer origami com jornal levando a chance à aqueles que tem pouco ou nada, de ter o privilégio, como eu, de enveredar nesta Arte Milenar.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Papangum







As máscaras sempre me fascinaram, talvez por rasgos de memórias do inconsciente coletivo, ou mais simplesmente pelo pavor dos “papanguns,” que aterrorizaram minha infância nos dias de folia no nordeste. O certo é que sempre nascem de minhas mãos, numa tentativa de humanizá-las.
Existe um temor prazeroso no contato com o papel maché ou mesmo a argila, quando através de caricias e toques, vou desenhando seus contornos, perdidos nos sonhos da criança de outrora, que se protegia do medo, se escondendo entre as saias de tias e avós, mas que continua viva nos recantos de minha imaginação.

Nota: Papangum, bonecos gigantes usados nos blocos em dias de carnaval.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Brincando com papel









Ao tirarmos formas, de materiais aparentemente sem serventia, descobrimos dentro de nós recantos de paz e tranquilidade.
As mãos brincam enquanto a mente viaja sem pressa, num mundo lúdico, só comparado a poesia. Peça pronta; traz a alegria de tirarmos do feio, do sujo, algo novo que por sua beleza e utilidade, pode ser incorporado ao nosso dia a dia.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Um pouco de História




Cestaria é a arte de trabalhar com fibras vegetais na confecção de objetos domésticos ou decorativos. Originou-se na cultura castreja mais ou menos no século VI A.C. No Brasil sua origem é indígena e percorre todas as culturas do norte ao sul do País, diferenciando-se apenas no tipo de fibra e nos desenhos que são empregados.
O homem moderno, imitando seus ancestrais, utiliza este conhecimento confeccionando diversos tipos de cestas com material descartado, mas precisamente o papel reciclado, que é processado, transformado em canudos e trançado como as fibras naturais, podendo imitar os padrões e cores utilizadas nas culturas primitivas com perfeição.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Desafio e Aventura





Fazer arte com o papel reciclado é um desafio e uma ousadia. O desafio se faz através de novos hábitos, de um olhar atento ao descartado e muita sensibilidade para reaproveitá-lo. É uma lição de cidadania diária em que nos deparamos com uma realidade social onde centenas de pessoas tiram seu sustento do quê se tornou lixo para outros. E nos conscientizamos que com este trabalho anônimo, estas pessoas dão sua contribuição ao meio ambiente. É uma aventura alquímica ao transformarmos restos de papéis, em matéria prima, de onde extrairemos objetos de decoração, de utilidade doméstica, de escritório ou brinquedos e bijuterias.E é um prazer constatarmos, que fazemos nossa parte sem grandes discursos, sem lutas e animosidades, em Paz, visando à preservação do nosso Planeta

sábado, 17 de janeiro de 2009

Transformando papel descartado em arte



Conhecimento gera responsabilidade. Para compreender a importância da reciclagem de papel é necessário entender, primeiramente, o contexto em que ele está inserido. Trata-se do Desenvolvimento Sustentável.

O conceito de desenvolvimento sustentável é um conceito fácil de se concordar, pois é puro bom senso, mas é extremamente complexo e controvertido quando se tenta aplicá-lo ao nosso dia-a-dia. Para alcançarmos o desenvolvimento sustentável serão necessárias mudanças fundamentais na nossa forma de pensar e na maneira em que vivemos, produzimos e consumimos.

Além das dimensões ambiental, tecnológica e econômica, o desenvolvimento sustentável tem uma dimensão cultural e vai exigir a participação de todos para que mudanças de comportamento sejam implementadas.

Neste contexto, este projeto basea-se no Capítulo 25 – “A infância e a juventude no Desenvolvimento Sustentável”, da Agenda 21, que estimula atividades primárias de cuidados ambientais, tendo como protagonistas principalmente, as crianças, os jovens e as mulheres.

O Projeto “ SURPRESAS DE PAPEL” tem por objetivo a conscientização ambiental tendo como fio condutor o ensino de técnicas de reciclagem de papel.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Quem somos?

Jacy Rocha é graduada em Pedagogia, com ênfase em Supervisão Educacional. Atuou no Projeto “De pé no chão também se aprende a ler”, da Prefeitura Municipal de Natal, baseado nos ensinamentos de Paulo Freire, no Projeto Social Aniel, implementado na Comunidade do Morro do Galão, no Município de São Gonçalo, na coordenação de oficinas de arte-educação. Em 2008 atuou como monitora dos cursos de Gestão da Produção em Cinema, Gestão de Figurino para Cinema, implementados na Escola Magia do Cinema, do Pólo de Cinema de Paulínia – SP, coordenados pela Fundação Getulio Vargas – FGV.


Laura Martinho é artesã (Oficina de Cestaria em Papel, da Universidade Estácio de Sá) e técnica em enfermagem. Na última década especializou-se em reciclagem de papel para confecção de cestarias, objetos de utilidade doméstica e decorativos. Além disso, confecciona bijuterias utilizando materiais como sementes, cristais e tecido (fuxico) dentre outros. Seus trabalhos já foram expostos na Feira de Artesanato do Leme (RJ), Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), e por dois anos expôs seus trabalhos na Maternidade Fernando Magalhães.