sábado, 7 de novembro de 2009

Descobrindo "arteiros"



Sempre tive interesse em Arte, talvez porque, ainda criança deduzi, que a nossa semelhança com Deus é o poder imaginar coisas, criá-las e transformá-las. Daí minha admiração por todo aquele que cria e não apenas por aqueles que se destacam na mídia ou que se notabilizaram no passado.

Menina ficava horas admirando, a arte de contar histórias dos mais velhos (não tinha televisão e muito menos internet) e quando meu tio Pedro aparecia lá em casa, confesso o atormentava fazendo perguntas: de como ele fazia para tingir os santos ou misturar as tintas para pintar nossa casa. E ainda havia aqueles talhadores que tiravam da madeira rostos, paisagens onde sempre havia mar e jangadas. Minha vó fazia verdadeiros enredos, na renda de bilros. E ainda havia a música que em nossa casa era obrigatório não que fossemos exímios nesta arte, mas gostávamos de ouvi-la. E já moiçola, os amigos tinham sempre um dom especial como se fosse um pré- requisito. Por tudo isso, eu e Laura também arteira de nascença, resolvemos mostrar um pouco deste mundo para as crianças. Fiquei com a parte teórica enquanto ela intuitiva, de cara nos trouxe o mundo de Joan Miró.

Não fizemos nada de especial: primeiro as fizemos descobrir os diversos caminhos da arte e só depois apresentamos alguns trabalhos do pintor inclusive um pouco de sua biografia, que foi lido, por uma delas. E finalmente pedimos que elas reproduzissem alguma coisa que lhes chamasse atenção.

O nosso espanto foi imenso além de todo o interesse que demonstraram elas reproduziram sem grandes recursos, belos trabalhos.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Dia da Criança, Dia de Festa!











É bem verdade que o dia 12 seria o dia correto, mas desde o dia 27 elas recebiam presentes e se lambuzavam de doces e um presente a mais ou a menos não faria diferença, pensamos. Então resolvemos fazer uma surpresa, em vez de aula iríamos fazer brincadeiras. Ai foi uma correria só, não somos recreadoras e tivemos buscar nos arquivos da memória, jogos infantis, brincadeiras e cantigas. E o encantamento foi o de nos descobrir outra vez criança. Depois foi a vez dos gastos; aproveitamos para por em prática o que estamos aprendendo no Curso de Gerenciamento de Projeto no Terceiro Setor e até que nos saímos bem, foi bem mais fácil calcular o tempo que levaríamos em cada brincadeira, o custo dos materiais, que teríamos que comprar e prever os riscos.

A professora Marcela ficaria orgulhosa, de suas discípulas... rsrsrs.

Aí chegou a hora das correrias pelo Mercadão de Madureira, em busca de presentinhos que coubessem no nosso bolso, pois ainda precisávamos comprar pelo menos duas tortas de chocolate (festa de criança tem que ter) e refrigerantes, as Irmãs, dariam o cachorro quente. A festa foi um sucesso! E o cansaço não foi maior que a enorme alegria de ver um sorriso em cada rostinho, de quase cinqüenta crianças.

Dia 14 de outubro, A festa de nossas crianças!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Trabalhando com as Mães



É interessante notar que crianças são multiplicadores naturais.

Há alguns meses estamos atuando como voluntárias em um educandário, na periferia da cidade, onde existem crianças internas esperando adoção ou reintegração em suas próprias famílias. Outras vivem com os pais, mas freqüentam o educandário nos horários que não estão na escola como forma de prevenção a marginalidade. Desenvolvemos trabalhos de arte e artesanato através do reuso de materiais descartados, em de oficinas, onde aproveitamos para dar noções de arte, ecologia, cidadania e sustentabilidade.

E fomos surpreendidas pelo pedido feito pelas crianças para ensinar as suas mães, pois entenderam que as mesmas poderiam trabalhar em casa, ajudando o pai no orçamento doméstico ou como fonte de renda para aquelas que estão desempregadas e não tem como prover o sustento da família, pois são mães solteiras. É claro que topamos de imediato e ai estão os seus primeiros trabalhos.

Esperamos no futuro quem sabe, criar uma cooperativa, onde estas mães poderão comercializar os seus trabalhos podendo assim viver de forma digna.